terça-feira, 25 de maio de 2010

Onde encontrar Jesus?


“”Onde está aquele que é nascido o Rei dos Judeus?””



Que pergunta impressionante feita por alguns magos do Oriente! Quem fez essa pergunta? Um mago do oriente. Ora essa, um mago. Que nada, um mago jamais buscaria a Jesus! Esse povo pratica a magia e se acha sábio!!! A magia era característica do trabalho dos magos do Egito e de povos orientais. Não é assim que pensamos quase sempre? Em parte não está errado pensar assim. Porém, o trabalho dos magos não se reduzia a isso. Eles também estudavam os astros.

Na Babilônia, principalmente, se iniciou a astrologia e a astronomia a partir da observação das posições dos astros no universo. Podemos dizer que eles sempre procuraram compreender ou encontrar algo muito importante. Um dia, uma estrela especial foi contemplada por eles. Eles estudaram e chegaram à conclusão de que ela anunciava algo especial. Não sei os meios pelos quais eles chegaram à conclusão de que anunciava o nascimento, ou chegada de um novo rei. E porque entenderam que esse rei seria o rei dos judeus foram a Herodes, que na época era o rei dos judeus. Perguntam ao rei: onde nasceu o novo rei dos judeus? Talvez eles esperassem encontrar Jesus em Jerusalém, capital da Província da Judéia, de Israel, nascido no palácio real.

A lógica de Deus não cabe em nossa lógica. Os magos são informados de que, de acordo com o que diziam as escrituras, eles deveriam encontrar o novo rei em Belém, menor cidade da Judéia, eles o encontraram, o adoraram e o presentearam. Herodes diz querer encontrar Jesus para adorá-lo. Os pastores, que não procuravam Jesus, nem sabiam da sua existência; logo, não criam nem duvidavam, não queriam lhe fazer bem ou mal, foram avisados pelos anjos e encontraram Jesus. Eles (os pastores) o adoraram. E Herodes? Herodes não o encontra não lhe foi revelado, pois um anjo impede que os magos o informem. Herodes não o encontrou e ficou furioso porque queria encontrar Jesus do seu jeito, com as suas regras, e para os seus propósitos. Jesus não é obrigado a se revelar a ninguém, nem se encontrar onde queremos que ele se encontre. “Fui achado pelos que não me buscavam encontrado pelos que não perguntavam por mim”. Anos mais tarde disse Jesus.

Esses encontros e desencontros não páram por aqui. Na Festa da Páscoa, Maria o procurou entre os seus parentes. Jesus estava no templo entre os doutores. A religião também é lugar onde Deus pode ser encontrado. Mas, não é só nela que se pode encontrar. No deserto também o encontramos, lá estava ele a orar, levado pelo Espirito para ser tentado. Deserto é lugar de sofrimento, mas também é lugar de oração e de encontrar a providência de Deus. No deserto encontramos a Deus e a nós mesmos. Jesus também esta lá. Quem disse que não precisamos de desertos em nossa vida para encontrar Jesus? E então precisamos trocar a nossa vida social pelo deserto? Ficarmos isolados de todos para encontrar Jesus? Precisamos ir para os mosteiros? Não.

Isso não o impede que ele vá à festa. Ele vai ao casamento de um parente em Caná da Galiléia. Lá ele tinha transformado água em vinho. Encontra com os parentes que estavam na festa. Depois ele vai ao Templo. Não sabeis que me convém fazer a vontade do meu Pai que me enviou? O meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também. Jesus é encontrado na realização da vontade do Pai.

Jesus saiu do deserto e foi para a beira do mar, encontrou alguns homens pescando. No meio do trabalho do dia a dia se pode, também, ouvir o chamado de Deus. Não foi isso que nos disse a teologia reformada calvinista? Ela via o trabalho como vocação e ato de louvor a Deus através do qual também encontramos Deus e nos tornamos seus parceiros na construção de uma nova realidade. Então trabalhemos.

Onde se faz a vontade de Deus? Então os judeus dizem que é no templo. Os nossos pais dizem que é no Monte das Oliveiras. Ou em Jerusalém? ou na casa dele? Casa dele? Mestre onde moras? Onde devemos encontrar e o adorar? Ele responde: Os pássaros têm os seus ninhos e as raposas têm seus covis, mas o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. Em outra ocasião Jesus estava entre a multidão e os seus parentes não o podiam ver.

Talvez ele seja um intinerante, vive no caminho “e muitos o seguiam pelo caminho”. À beira do caminho muitos o encontram: Bartimeu, os dez leprosos, mas a viúva de Naim, o encontra entrando na cidade de Naim. Ele tem amigos fora da cidade e também está nas aldeias. Em Betânia, ele come na Casa de Lázaro, mas Lázaro morre e agora ele está com fome e o que vê no caminho entre Betânia e Jerusalém é uma figueira sem frutos, amaldiçoa e entra na cidade. Lá ele encontra comida na casa do rico Simão, é chamado de comilão, beberrão, só porque ele bebia vinho com tira gosto de peixe lá à beira do mar de Tiberíades! e nem lembram que ele dividiu os únicos cinco pães e dois peixinhos que tinha quando estava no deserto! Os que têm uma vida farta sozinhos não o podem encontrar comendo com os pobres que já confundem Jesus com o Belzebu.

É! É isso mesmo. Se ele come apenas com os pobres o confundem com um comilão. Então, que pensem assim. Será que eles pensam assim só porque Jesus começou o seu primeiro milagre transformando água em vinho e o povo gostou? Pensando bem, a água que Jesus transformou em vinho era melhor do que a religião descorada e sem gosto, o que representa o antigo vinho que os chefes da religião, figura do mestre-sala, estava servindo ao povo. Então, ele disse: essa é a nova aliança do meu sangue bebei, fazei isso em memória de mim.

A memória de Jesus celebra uma nova forma de encontrar o Deus que se revela em Jesus. Na nova aliança Deus é encontrado na alegria da festa e na fraternidade que agora se caracteriza pela transformação realizada nas talhas da purificação e pela partilha que não se caracteriza pelo vinho enganador e adulterado, de má qualidade que costumeiramente se servia no final da festa. “Quando Cristo está na Festa o vinho nunca se acaba, ele tem todo poder para transformar as águas”, sentencia a Banda Kadoshi.

Jesus entrou novamente na cidade, encontrou cobradores de impostos, grupos religiosos, políticos, autoridades, e o povo. Jesus está na organização regida pela política. Ele é questionado sobre a sua autoridade, ou melhor, o seu batismo: Ao qual grupo você pertence? Seria melhor se essa pergunta ficasse mais clara nos Evangelhos. Jesus, ele nem sabe se tem grupo!!! Está em todos e não pode ser enquadrado em nenhum!!! Então devolve a pergunta a eles: De onde vinha a autoridade do batismo de João? Será que ele ao responder com a pergunta a respeito do batismo de João não estava afirmando: eu fui batizado por João Batista, e vocês nem sabem ao qual seguimento a autoridade dele pertence; então muito menos vão saber a minha.

¬¬__Vocês querem me encontrar em qual grupo político? Se definam. Vocês preferem um grupo político-religioso que diga ter autoridade divina ou humana?

Aquele grupo não sabe responder. Isso por que vê Deus distante do homem. Logo, era impossível vê o Emanuel encarnado vivendo a realidade do dia a dia e sem poder de um Deus supremo e ditador com poder absoluto. Jesus não era esse Deus esperado pelos judeus. Por isso não pôde ser encontrado pelos políticos da época. Mas, apesar de não ser notado, era o próprio Cristo que estava na política. E ele era visto apenas como sendo um subversivo amigo de prostitutas e pecadores.

Ah! Jesus também estava na multidão. Era a multidão formada por prostitutas, coxos, cegos, aleijados, samaritanos, mulheres, endemoninhados. É! Aquele homem de Nazaré era seguido por muitos. Mas a multidão que seguia a Jesus era composta de gente da ralé “gente ruim” isso já era de se esperar...Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse o preconceito de Natanael.

Mas o que não se esperava aconteceu: ao encontrar Jesus, o leproso ficou curado, o publicano assentou-se à mesa com ele, o paralítico andou, o cego viu e até aprendeu a pregar: “Quereis vós também seguir a Jesus?!”, Pergunta aos fariseus. Na multidão todos são iguais, se confundem, não há status, tamanho, beleza, é povo, e aí repito e espero que você entenda que aqui vai uma ironia: “o povo não é gente”, ou seja, só é gente quem se destaca. Não foi assim que aprendemos dessa sociedade hipócrita que nos diz que “devemos estudar para ser gente?” “o povo está abaixo do padrão’. Isso é tão forte que os países abaixo da linha do Equador são considerados inferiores por isso não se podia encontrar Deus aqui no norte-nordeste. Precisávamos ser educados, cristianizados, domados. Éramos considerados enquanto índios, animais indolentes, irracionais. Em “nossa cultura ocidental” se diz que o povo é baixo. Isso se diz principalmente na política.

E por se falar sobre baixo...lá está Zaqueu, ele não podia ver Jesus. Ele tinha pelo menos dois motivos que o impediam: Embora fosse rico, era publicano, considerada uma profissão de baixo nível e provavelmente, mesmo entre o povo, ninguém o considerasse a ponto de ceder espaço para que ele fosse ao encontro de Jesus; era de pequena estatura, não tinha porte físico para se impor e conquistar espaço; em nosso mundo que cultua o corpo ideal, sarado, como temos tratado tais pessoas? Será que temos tornado a ida ao encontro de Jesus acessível a todos ou preferimos assistir, discipular, evangelizar nos enturmar, com os(as) mais atraentes fisicamente e com profissões que garantem maior status social, monopolizamos o evangelho para nós e a nossa turminha?

As pessoas doentes fisicamente têm sido assistidas por nós? Se houvesse um engraxate em nossa igreja como trataríamos, e as chamadas profissões proibidas? Talvez um homossexual ou prostituta? O amor de Deus deve alcançar a todos(as) e devemos ser agentes de Deus para que todos saibam onde encontrar Deus, oferecer estímulos para que elas o encontrem, caso elas não o tenham, e se já tiverem deixemos que elas vivenciem esse encontro mesmo que isso não tenha sido do jeito que foi o nosso. Cada encontro é diferente e a forma de vivenciar não é unânime. O que importa é a transformação que resulta desse encontro.

Mas, voltando à história de Zaqueu...Ele não podia ver Jesus entre a multidão. A multidão espreme e ofusca Jesus. Entretanto, é no meio dela que encontramos ou devemos buscar Jesus. Não tal qual um eremita que só encontra Jesus no mosteiro. Então Jesus pergunta, em meio à multidão, quem me tocou? É no meio da sociedade em crise e com as suas mazelas que encontramos o mestre que ensina e vivencia o evangelho e se deixa ser tocado pelo impuro para assim provocar a transformação através da virtude que sai dele.

E agora? Jesus, se encontra no meio da multidão e percebe que não foi encontrado por ela. Percebe que a multidão também confunde o seu ensinamento e muitos não podem compreender porque alguns não o buscam, mas apenas “’o pão de cada dia dá-nos hoje para que nos fartemos”’. Tendo cumprido aquela missão Jesus despede a multidão. Quem sabe assim ela perceba a falta que ele faz e o procure de novo. Jesus está exausto. Está sozinho. Então, se entre o povo se encontra só, é melhor voltar para o deserto e orar.

Mas e aí? Ficar o resto da vida no deserto? Talvez montar um acampamento e se transfigurar, transpor a realidade sensível, fazer um acampamento, e ficar com Moisés, Elias e um grupo seleto de discípulos que ao contemplar a glória de Deus se esquecem dos outros e do povo que está lá embaixo. Espiritualidade desencarnada e desumana. Não é com essa espiritualidade que quase sempre procuramos encontrar Jesus? Quando num ato de elevação da alma fechamos os olhos? Rubem Alves já denunciava: “”e nós que somos povo de Deus fechamos os olhos para orar e buscamos a Deus fora do jardim””. Será que não vemos a Deus no mundo, na vida do outro, no dia a dia que vivemos?

Foi no jardim onde, na dor da sua morte que se aproximava, Jesus suou sangue e dizia: “’Pai seja feita a sua vontade””. Ele mostrou que também é o lugar de fazer a vontade de Deus. Ali também ele encontra o consolo de Deus. No jardim ele vê quem realmente está com ele: “”Nem por um pouco podeis ficar comigo e vigiar comigo?”’ O jardim é também lugar de revelação: “”a quem procurais?” ”a Jesus o nazareno””. ”Sou Eu”” Mas é também lugar de mostrar que o amor não revida o mal com o mal mas paga o mal com o bem: Restaurou a orelha do servo Malco, soldado que tivera a orelha decepada pela espada do apóstolo Pedro. Ali ele mostra que, como nos diz Jonh Driver, Cristianismo é nadar contra a corrente. “”Pois quem lança mão da espada pela espada morrerá”. A que viestes amigo? perguntou a Judas.

No jardim Jesus se deixa acorrentar pelos seus inimigos. “’Eu estive entre vocês ensinando no templo e vocês não me prenderam! Isso porque antes vocês não tinham tal autoridade”’. Então, vamos ao jardim. Não, talvez você responda que não. É melhor fechar os olhos para não ver as coisas que tumultuam a nossa mente e nos impedem de vermos a Deus. O mundo é como se fosse uma tempestade cinzenta que nos impede de ver Jesus.

E por se falar em tempestade...Dissemos que Jesus saiu do deserto, foi no meio de uma turbulenta tempestade. A sociedade do nosso tempo é turbulenta. É então no meio dela que nunca imaginamos poder encontrar Cristo. Muitas vezes fugimos, ou queremos fugir da vida em sociedade, e nos lançar no mar em busca de novos horizontes. O que projetamos em meio à sociedade são além das suas tempestades, as projeções do nossos próprios medos e ficamos sitiados e sem esperanças ou alternativas.

São nessas horas em que precisamos encontrar o Cristo que se encontra onde jamais imaginamos encontrar: no meio das turbulentas ondas da vida. É ele que, em meio a esses momentos angustiantes em que só vemos fantasmas, nos diz: “não temas sou eu” e nos chama a andar com ele, ir ao seu encontro, mesmo que seja em meio às turbulentas águas causadoras do caos.

O imaginário dos discípulos só lhes permitiam encontrar em meio à tempestade a presença de Leviatã, o monstro do mar, digas-se de passagem que nesse imaginário o mar era símbolo do inferno, ou seja, quantas vezes entendemos que a sociedade, com a agitada vida que leva, marcada pela violência, corrupção, e ganância que nos deixa sem saída e parece nos devorar, é o inferno do nosso tempo? Por isso queremos fugir dela e nos enclausurar em nossas igrejas e mosteiros e na vida religiosa como se fosse um casulo para não nos confrontarmos com esses modelos ameaçadores.

Entretanto, a presença de Jesus em meio à tempestade nos diz que é quando se vive no meio dessa turbulenta situação que se tem a autoridade de dizer “aquietai”. Os discípulos perguntam: ““ quem é esse que até o vento e o mar lhes obedecem?”’’ Será que temos medo de enfrentar o mar e a tempestade porque no meio do mar encontramos a nós mesmos e ainda não conhecemos o seu poder?

Poder? Desculpe, falar de poder de Deus é algo que na maioria das vezes nos chama atenção. Será que precisamos ver poder em Deus para servi-lo. Não posso deixar de citar Rubem Alves outra vez quando ele diz que muitas vezes só servimos a Deus porque ele tem poder e então queremos estar perto do poder. Daí me desculpe a pergunta: quem serviria a Deus se não existisse medo: da morte, medo do inferno, do diabo, da eternidade do mal? E precisasse de poder para vencê-los? O Santo Agostinho nos disse que aquele que serve a Deus por causa de qualquer tipo de medo, enquanto assim fizer, jamais desfrutará do verdadeiro prazer de servir a Deus pelo amor.

Meu irmão João, o apóstolo, já dizia ‘’o verdadeiro amor lança fora todo o medo e aquele que tem medo não é aperfeiçoado no amor’’. Somente quem ama intensamente pode chegar a deixar tudo e se lançar nos braços de Jesus. Quando o encontra quebra o vidrinho de bálsamo lava os pés dele e enxuga com os seus cabelos, embalsama o corpo de um morto e o visita mesmo após a morte. Foi assim que agiram as mulheres diante da morte de Jesus. O amor jamais acaba. O que se espera de um morto? A única coisa que justifica a existência do amor é amar, pois o amor realiza a si mesmo.

A nossa sociedade é caótica, a religião, não pode ser um elemento à parte, vive os dramas dos nossos dias e dias. Algumas igrejas se esvaziam, outras são reformadas todo ano, não comportam a adesão de pessoas em busca de Jesus. Há Jesus para todos os gostos tamanhos e idades. A multidão que seguia a Jesus se retirou após a mensagem posterior à multiplicação dos pães e peixes. Comeram e foram embora. Ficaram apenas doze discípulos. E hoje “”quereis vós também vos retirar”’ agora que encontrastes Jesus e percebestes a dureza do seu discurso?

Não querendo se retirar, mas também com o objetivo de minimizar o impacto do discurso de Jesus, muitas são as igrejas que trazem uma nova oferta: EDITE O PERFIL DO SEU JESUS, esfregue a mão na lâmpada que o Jesus que deixou de ser genial em seu próprio estilo de ser; passou a ser Gênio no perfil que lhe atribuímos, atenderá os seus desejos. Depois é só lamentar porque pedis e não sabeis como pedis, pedis mal; Para gastardes em vossos deleites e prazeres, com os vossos Jesus-presépios que nada mais são do que o reflexo de vós mesmos. Pois buscais um Jesus que está dentro do seu padrões e modelos baseados no consumismo do nosso tempo.

Deu tudo errado? Foi falta de fé ou encosto. Faça de tudo de novo e se conforme com um Jesus sem vida. Se você está seguindo esse modelo lembre-se: você agora é marionete do capitalismo exacerbado e seu Jesus também, precisa de poder para ser. Caso deseje Jesus mais autêntico que se identifica com os Evangelhos, lhe aconselho a olhar para a cruz de Cristo como símbolo e desafio de renúncia da própria vida em favor do outro com o objetivo único e exclusivo de ver Deus glorificado e a carência do necessitado suprida. Não importa se ele é cristão, parente, bandido, mendigo, de outra religião, cor ou sexo, nacionalidade, analfabeto ou letrado. Estamos em sociedade e não queremos fugir disso, pelo contrário, vemos isso como a grande oportunidade de servir a Deus e a todas as pessoas .

Onde temos procurado Jesus?

Afinal de contas quem é o cego ou o problemático? E quem é Jesus? Onde o encontrar? Eu não sei. Os discípulos no caminho de Emaús disseram que Jesus “”era um homem poderoso em palavras e obras, aquele que haveria de remir Israel.”” Mas no túmulo Jesus já não podia ser mais encontrado. Agora nem depois de morte se sabe onde o encontrar. Moral da História: JESUS ESTÁ ENTRE NÓS. A CADA VEZ QUE CELEBRAMOS O AMOR INCONDICIONAL NÓS O ENCONTRAMOS, NÃO IMPORTA ONDE. Por isso o culto acontece na vida e a igreja é a reunião daqueles que cultuam a Deus. Então vamos ao culto enquanto vivemos em culto. Celebremos o fato de termos encontrado e sido encontrado por Jesus na sociedade, em lugares diferentes e com perfis diferentes.



Sem. Israel de Souza Cruz.

Escrito originalmente em forma de editorial no dia 08.08.2004.

Concluído às 20:00 Hs.

Cristo é o Deus encarnado: Que diferença isto faz?


Cristo é o Deus Encarnado: Que diferença isso faz?
Queridos irmãos(as), todos nos seres humanos somos portadores de uma identidade. A nossa identidade revela perante a sociedade e nos ajuda a melhor compreendermos a idéia que as pessoas tem ou esperam de nos.
A identidade que sem tem de alguém e fator determinante para o relacionamento entre amigos, inimigos irmãos, namorados etc. Assim, podemos dizer que toda relação humana e o resultado de um processo de algum tipo de identificação com um ser ou pessoa. Essa igreja também possui uma identidade, suas formas próprias de expressão, e de se encarar a vida. E isso o que permite que todos vocês estejam unidos dias após dias.
A relação de identificação transpõe o simples limite das relações humanas e pessoais e também se reflete na visão religiosa de um povo ou pessoa. Pode-se afirmar que o nosso relacionamento com o transcendente, com o divino, e também marcada por algum tipo de concepção ou crença sobre Deus. Não importa se essa crença resulta da revelação de Deus, como crêem os cristãos a respeito da fé na pessoa de Jesus Cristo, ou se essa crença e mero fruto projeção da mente humana como afirma a antropologia.
A religião e uma pergunta humana sobre Quem e deus e uma busca constante por ele para que com ele se estabeleça algum tipo de relação, ou seja uma busca do ser humano de se identificar com Deus.
Estes dois textos que lemos no evangelho e na I carta de João traça um discurso significante em resposta a essa pergunta. De forma poética o autor define a pessoa de Cristo como sendo o Verbo de Deus encarnado que, sendo o próprio Deus, viveu e se identificou entre os seres humanos. O autor trata da identificação de Cristo para responder as duvidas a respeito da verdadeira encarnação de cristo e da sua deidade levantadas em seu tempo (+- 90 a.C.). A partir disso trata das implicações dessa doutrina para a fé crista e vida crista, de todos os seres humanos, e de todo o universo em geral.
A pergunta que se fazia no seu tempo era: Jesus era humano de verdade ou apenas fingia? se possuía carne humana como poderia ser Deus? Em resposta a essa pergunta João responde:

Jesus Cristo e Deus Encarnado e isso faz grandes diferenças para a nossa vida e fé.
O titulo da nossa reflexão nessa noite lhe convida a pensar exatamente sobre a seguinte questão:

Jesus Cristo e Deus Encarnado: que diferença isso faz?

Nestes dois textos que lemos queremos destacar três atitudes praticas da encarnação de Deus em Cristo para a vida da igreja, da nossa em particular e do universo em geral.
A encarnação de Cristo é fator determinante do processo de identificação entre o ser humano e Deus a ponto de influenciar a nossa visão sobre Deus em três aspectos que se destacam:

1. NA CRIACAO – SENHORIO DE CRISTO
Queridos irmãos(as) este dois textos que lemos, como falamos anteriormente, identifica a pessoa de Cristo a criação. Ele nos que “ ele estava no principio, tudo foi feito por ele e sem ele nada do que foi feito se fez” (v. 2). Nele esta apenas a vida mas também o sentido da vida em sua expressão máxima que e conhecimento da vontade e gloria de Deus. Pois na vida se revela a vontade do Senhor. Essa vida era a luz dos homens (v. 4.9). Luz clareia o caminho e aponta novas direções.
O autor ao tratar da formação da criação a partir da preexistência de deus associa a vida como dependente de Deus, que encarnado em Cristo se revelou a toda a humanidade. Isso nos chama atenção para a implicação pratica que resulta do reconhecimento de que Cristo, sendo o próprio Deus encarnado, e também o Senhor de toda a criação pois toda a criação foi feita por ele e a ele pertence, por isso, lhe deve obediência.
Jesus Cristo é o verbo de Deus, palavra viva, e como verbo é a primeira e a ultima palavra em toda a criação. Pois antes tudo foi feito por sua palavra e por ela tudo pode ser modificado inclusive serem feitas novas. Ele mostrou isso inclusive diante da natureza. A apreensão dos discípulos diante da ordem de Jesus a tempestade revelou isso: “Quem e esse que o vento e o mar lhes obedecem? “ Jesus é aquele que no livro de Apocalipse pode dizer: “eis que faço novas todas as coisas” .
Nelson Kirst, pastor luterano, nos diz que nos escritos de João Jesus é chamado de verbo de deus, ou seja, tudo o que Deus tinha a dizer e revelar aos seres humanos ele disse na própria pessoa de Jesus. Podemos dizer que Jesus é o discurso de Deus sobre si mesmo vivido de forma humana. Ele é o próprio Deus revelado em carne e osso e como tal é o Senhor presente, sendo isso o que nos motiva a obediência das suas palavras.
O nosso reconhecimento é também o resultado desse senhorio que se fez presente na própria historia da sua criação: “veio para o que era seu” sem ter medo de rejeição “ mas os seus não o receberam”. Apesar disso ele não usa e abusa do seu poder de mando. Usa do seu amor e bondade a ponto de dar a todos os que receberam o poder de se serem feitos filhos de Deus bastando para isso crer nele. E assim fazer parte da nova criação por mérito exclusivo da vontade Deus que pela fé derramada por ele em nossos corações, nos chama novamente a ele (v. 12).
A grande beleza da encarnação de Cristo e que ela nos revela um deus Senhor não patrão, diretor presidente. Ele faz parte do dia a dia da sua criação e o seu chamado e um chamado a salvação e liberdade. Nessa relação Servo-Senhor ele também demonstra que como Senhor ele e também o responsável pela manutenção da vida de toda a criação, especialmente da vida humano e promove dela o sustento. E uma relação de provisão e de proteção. Onde todos os aspectos da vida humana estão debaixo também da sua preocupação podendo assim dizer, não tenham medo porque ate mesmo os cabelos das vossas cabeças estão contados e ai daqueles que vos fizer algum mal. Não estejais inquietos quanto ao dia de amanha a respeito do que haverás de comer ou vestir olhais os lírios dos campos eles não plantam nem colhem, as aves, também não plantam nem colhem, mas Deus o criador a todos concede o sustento.
Se ele se preocupa em sustentar as aves e os lírios muito mais se preocupa com você e lhe sustenta. Como ser humano o Deus sofreu na própria pele todos os dramas do ser humano nada lhe é oculto.
Assim, reconhecer que Cristo é o próprio Deus encarnado, é reconhecer o Senhor não distante e indiferente à sua criação, mas que revela na sua vontade uma preocupação com a manutenção da vida, por isso vale apenas obedecê-lo, pois conhecendo a sua criação, a sua vontade para ela é também boa perfeita e agradável.

2. NA ADORAÇÃO – DEIDADE DE CRISTO
A redenção da humanidade, e por extensão de toda a criação, se da por meio da encarnação do próprio Deus que revela em sua plenitude a humanidade, na pessoa de Cristo e sofre como meteria todo o drama do mundo material e promove, como Deus o livramento do mundo material ao reaproximar da divindade.
Ele estava no principio com Deus e como Deus ele viu o sofrimento de Deus por causa da separação do homem, na encarnação agora ele sofre como homem a separação de Deus por causa do pecado. Ao assumir a encarnação humana ele é a expressão máxima da humanidade e da deidade presente na terra e no céu.
Como homem ele levou sobre si as nossas dores, sentiu o peso do pecado mesmo não tendo pecado, o impulso da tentação, e a distancia que separa a transcendência da imanência o divino e o humano, o espiritual e o material. Tudo se reconciliou nele. Ele vivenciou todos esses conflitos o procurou conciliá-los.
Em Cristo, infinito e infinito sofre a dor de se chegar ao fim o santo sofre o peso do pecador, o imortal sofre o drama da morte, o uno sofre a dor da separação, e clama: Pai porque me desamparastes. O pai em solidariedade ao filho escurece o mundo e evita o calor extremo que aumentaria mais ainda a dor por causa dos seus ferimentos, perdia sangue e aumentava a dor. Com o filho O Pai geme e chora como disse o teólogo Moltamm. Em Cristo se pode dizer Deus nao era apenas o Deus encarnado, mas também o Deus crucificado. É o amor de Deus pelo ser humano levado por si mesmo as ultimas conseqüências.
Ele se deixou tocar, ouvir, emudeceu, compreender, impressionar. Por isso o autor da I carta de João diz aquele que os nossos olhos viram as nossas mãos apalparam. Ele se fez glória e desprezo, viveu todas as contradições. Ele não era uma aparência de Deus nem de homem. Cristo era tanto homem que era Deus, como afirmou o teólogo Leonardo Boff: um ser tão humano assim só poderia ser Deus.
Como pode Deus sendo puro se tornar matéria humana se a matéria é impura? Esse era um assunto de dar nó na cabeça dos gregos. Os escritos joaninos enfatizam o testemunho acerca de Cristo como sendo o próprio Deus encarnado que através da encarnação se identifica com a matéra criada por ele e nao apenas se identifica, mas acima de tudo, não permite a contaminação da sua matéria por isso promove a redenção de ambos, pois reconcilia espirito e matéria. Mostra aos adeptos da filosofia grega que Cristo era o próprio Deus se deixando tocar por seres humanos impuros e limitados. Não era a sombra do mundo das idéias como criam os gregos, era o próprio Deus em nosso mundo. Não eram reminiscências; Era a própria luz divina revelada em todo a graça e verdade na sua mais intensa glória, glória do Pai em carne humana revelada na pessoa do Filho.
O apóstolo Paulo nos diz que ele em tudo foi tentado como ser humano, mas sem pecado algum. Jesus Cristo, o Deus encarnado foi a ultima palavra de Deus contra o pecado que promove a maldade
Ele se fez condenado levando consigo o peso da nossa condenação e se fez salvação por que a sua vida foi uma vida de graça e de verdade. O Senhor nao poderia deixar a sua própria alma no Hades e com ela toda a raça humana entregue ao poder do mal, mas se reduziu a ir ate lá e resgatar a vida dos seres humanos e com ela toda a criação que se entregara ao poder do mal por causa do domínio do pecado.
Mas como deus a morte nao o poderia detê-lo. Por isso ele ressuscitou

3. NA COMUNHÃO – HUMANIDADE DE CRISTO

O autor do Ev. e I epistola de João nos mostra que o reconhecimento de que Jesus é o Deus encarnado faz uma grande diferença na comunhão. Essa doutrina é fator determinante de novos paradigmas de relacionamentos tanto entre os seres humanos quanto entre o ser humano e o próprio Deus. Ela nos revela um Deus-humano e nos leva a assumir a nossa própria humanização.
Ele identifica a pessoa de Cristo com a manifestação do próprio Deus assumindo uma natureza e, com ela, a humanidade em carne e osso entre nós. Nele, o verbo de Deus, havia a unidade do Pai, do Filho e do Espirito como a totalidade da deidade numa relação de plena comunhão: O Filho estava com o Pai desde o principio e o Pai estava com o Filho, o filho era a própria vida eterna voltada para o Pai e a comunhão motivada pelo Filho e a comunhão com o Pai, a gloria revelada pelo Filho e a glória do Pai. E o Espirito Santo é o Espirito do Cristo ressuscitado que glorifica a ambos.
As relações humanas agora são chamadas à comunhão a semelhança da comunhão existente entre o Pai, o Filho e o Espirito. Nela um não tem em vista propriamente o que e seu mas também o que e do outro (Fl. 2,17). Não há competições. Diante das situações conflitantes o Filho pede: "Pai, se for possível passe de mim esse cálice mas, numa atitude de comunhão, reconhece que não seja a minha mas a tua vontade".
Até mesmo na cruz quando ele viveu um momento de intensa dor e angústia, o Filho, questionando a separação, pergunta? "Pai, porque me desamparastes?" Mas também é capaz de dizer numa atitude de rendição e comunhão: “Pai, nas tuas mãos eu entrego o meu espirito". Ninguém tem maior amor do que esse a ponto de dar a sua própria vida na cruz por alguém.
O anúncio do Evangelho de Cristo, que prega a sua encarnação, a sua morte e ressurreição para promover a comunhão do ser humano com Deus, desvenda os nossos olhos para que contemplemos à luz da revelação divina, a comunhão que brota da encarnação divina em Cristo e assim sermos mais humanos. Ele nos leva a manter a comunhão que brota do exemplo de Cristo e assim termos comunhão também com Deus, pois em Cristo o divino e o humano se tocam e se harmonizam. É a superação da barreira da separação criada pelo pecado desde Adão.

O pecado provocara a separação entre os seres humanos e entre Deus e entre as pessoas e Deus. A encarnação de Deus em Cristo agora provoca a comunhão entre humanos e Deus e humanos.

O reconhecimento de que Deus também veio a nós em carne humana nos leva a termos mais preocupação com a vida humana de forma integral, suprir aos nossos irmãos quer seja na alimentação, vestimentas, carinho e acompanhamento em qualquer situação. O próprio Cristo revelou tal preocupação com os aflitos do seu tempo e se identificou também com eles. Ele mesmo afirmou que "qualquer um que der em copo de água a um dos pequeninos a mim me destes". Deus sabe muito bem o que é a fome, a sede, e a dor. Ele sofreu na pele por isso nos chama a comunhão com eles e de uns com os outros a fim de superar tais dificuldades.

CONCLUSAO

Assim, queridos irmãos(as), a encarnação de Deus em Cristo nos mostra que Deus se identifica com o ser humano. Ele mesmo revelou a sua própria identidade ao se fazer humano e nos desafia a busca de uma humanidade mais coerente com Deus e com os nossos semelhantes vivenciando a maravilhosa verdade da adoração, serviço aquele que levando em si todas as nossas angustias e separações, nos chama a vivenciar a sua maravilhosa redenção por meio da sua morte e ressurreição.

Que o Senhor Deus nos ajude a sermos mais parecidos com Ele e assim o nosso relacionamento com Deus e os nossos irmãos sejam mais profundos.

Amém.
Sem. Israel de Souza Cruz

segunda-feira, 24 de maio de 2010

PROJETO BARNABÉ: Um exemplo que semeia apascentamento!

A principal dimensão do crescimento da Igreja de Cristo é a saúde integral e indivisível de todos os seus membros. Esta se expressa em sua forma física, mental e espiritual propriamente dita. Uma igreja saudável é, portanto, uma comunidade terapêutica na qual todos os seus membros se auxiliam e por isto são sarados e integrados ao corpo.

A Bíblia nos diz que nós, embora sendo diferentes membros e tendo diferentes dons e funções, fazemos parte de um só corpo que à medida que é saudável cresce para a glória de Deus. Por causa disto um membro não pode sobreviver isoladamente nem existe saúde em uns membros e em outros não. Uma igreja saudável é aquela que tem os seus pastores(as), presbíteros(as), diáconos e diaconisas, professores(as), coordenadores e todos os seus líderes e liderados em perfeita harmonia pois, segundo a Comissão Médica Cristã

Saúde é um estado dinâmico de bem-estar do indivíduo e da sociedade; um bem-estar físico, mental, espiritual, econômico, político e social; em harmonia com os outros, com o meio ambiente e com Deus.
De acordo com o Dr. Uriel Heckert, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de fora – MG, “a graça de Deus é fator básico para a cura, a restauração, sendo o primeiro passo na busca da integridade”. A aceitação incondicional de Deus deve levar à aceitação incondicional de si mesmo, dos outros e das coisas criadas.


Trilhando por esta linha de pensamento, encontra-se Barnabé, o nosso personagem central do qual aprendemos grandes lições. Em resumo: Barnabé foi um exemplo de servo escolhido por Deus, que a partir da aceitação incondicional da graça de Deus tornou-se uma âncora pastoral à semelhança de Cristo, a ponto de estender ao Paulo e à Igreja a sua destra de apoio, fé, solidariedade, e compartilhamento de suas experiências e bens. Esta ação foi importantíssima para a unidade e crescimento da Igreja.

Em Barnabé admiramos o exemplo de quem tem caráter corajoso e pacificador; corre o risco de crê no aparente impossível, a exemplo da conversão sincera de um perigoso perseguidor; concede apresentação às pessoas discriminadas até pela Igreja; enxerga potencial de liderança em famosos ou desconhecidos, ricos e pobres, e aproveita as oportunidades para discipular e dar iniciação à liderança cristã àqueles a quem crê que Deus os alcançou. Barnabé é exemplo de quem evangeliza e caminha ao lado porque admite diferenças; vê em outros, também, novas lideranças, mesmo quando duvidamos destas tais quais as dúvidas infundadas do apóstolo Paulo em relação ao evangelista João Marcos.

Baseado nisto no Exercício 2008 buscamos alternativas que possibilitem e estimulem às forças leigas da Igreja, sob o acompanhamento, coordenação e suporte pastoral e dos demais membros do Conselho desta Igreja, maiores e melhores oportunidades de crescimento e envolvimento na ampliação dos rumos da nossa comunidade para este ano.

Muitos são os desafios e maiores ainda são as oportunidades de crescimento da Igreja com este projeto. O principal foco dele é a ênfase no crescimento pessoal de todos os membros da Igreja, pois estamos preocupados não apenas que a Igreja cresça, mas, principalmente, que você cresça e tenha cada vez mais oportunidades nela. Por isso o pastor, juntamente com todo o Conselho, está à sua disposição para orientá-lo, ensiná-lo, abraçá-lo e tornar a Igreja um lugar cada vez melhor para agradar ao Senhor. Ore, participe e contribua. Conte com a nossa cooperação, pois desde já contamos com vocês, irmãos e amigos.

Ass: Rev. Israel de Souza Cruz - Presidente do Conselho

domingo, 23 de maio de 2010

"Homofobia": O jogo de palavras contra a liberdade da Palavra

“Homofobia”: O jogo de palavras contra a liberdade da Palavra.
O movimento GLBTs, ou seja lá o que deveria ser, se fosse honesto não existiria.
"Homofobia" palavra encontrada para definir aqueles que são coerentes com os valores éticos morais e sociais. O movimento GLBTS tem distorcido esta palavra para rotular todos os para eles são considerados ameaças às ideologias dos seus movimentos de “homossexualização” da cultura humana.
O movimento já começa fraudando até a palavra para defender as suas ideologias. Querem mesmo é que tenhamos medo do poder que eles tentam ganhar pela intimidação com ameaças, paradas gays e projetos nos parlamentos.
Pensemos sobre "Homo" (do mesmo, igual) "fobia" por uma tradução forçada, homo fóbicos seriam aqueles que têm medo ou repulsa por pessoas iguais.
Ninguém tem medo de pessoas iguais. É mais fácil ter medo de alguém diferente. Mas, sendo eles tão humanos quanto nós, clérigos ou leigos, o que nos diferencia é a a nossa fé. Sua expressão possui relevância no comportamento individual, na dimensão da vida pública, não apenas no espaço privado e, acima de tudo, perante Deus, que é imultável. A sociedade é resultante dos conflitos de interesse. Nos céus os valores são supremos e por isto, eternos. Radicais cristãos nem GLBTS vão mudarem. Por isto não adiantam. Deus não vai mudar. Mudem vcs.
O que não aceitamos são relações sexuais entre iguais. Eles é que ora defendem a igualdade ora a diversidade. Quanto sofisma (arte de mudar os discurso para confundir aos desatentos). Se defendem a diversidade por que querem nos obrigar a pensarmos iguais a eles? Se defendem a igualdade nem precisariam de discursos diferentes, exceto se o seu interesse for apenas polemizar, e assim ganharem visibilidade nos meios de comunicação.
Entretanto seus discursos são também discriminatórios. Afirmam o preconconceito que dizem existir  e querem combater. É como se jogassem gasolina para apagarem o fogo que está sob controle.
Além disto uma pessoa que tem qualquer outro tipo de fobia (acrofobia= medo de altura, hidrofobia= medo de água, agarofobia = medo de lugares concorridos, ou seja de multidão, etc. Se quiser conferir lista de fobias de A-Z veja http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20061214074257AAKUGLa) não são obrigadas sequer a serem tratadas. Elas convivem sem nenhum tipo de preocupação de impor tratamento por parte do Conselho Federal de Psicologia, nem restrições no Congresso Nacional. Muitas destas pessoas ficam limitadas e necessitando de ajuda para vencerem os seus medos e viverem uma vida social mais ativa. Quando procuram tratamentos pagam preços absurdos com terapias, etc.
Agora vejam a agressividade e incoerência deste movimento pervertido: a chamada "homofobia" é o único tipo pelo o qual uma pessoa, de acordo com este movimento, deve ser processada. Isto é absurdo. Só pode ter sido concebida na cabeça de Satanás.
Dito isto vamos ao centro da discussão:
Já era de se esperar> A Palavra de Deus nos diz que "Eles mudaram a glória de Deus em mentira. Inculcando-se por sábios fizeram-se loucos (Rom. 1:16-32).
Dizem defenderem a diferença querendo oprimirem os que pensam diferente. Processam e comandam ataques contra pessoas que defendem a heterossexualidade. Tentam difamarem chamando-os de embustidos, falsos moralistas, etc. tudo poderia ficar nos campos das idéias. Mas, sempre são eles que ao ouvirem respostas contrárias às suas afirmações, entram na justiça para amordaçarem pastores, padres e qualquer pessoa que se opuserem aos seus argumentos.
Eles não sabem o que é liberdade, pois, a verdadeira liberdade só é construída com a Verdade: Jeus se encarnou na Palavra, ou seja, o seu caráter, poder e vontade são claramente conhecido pela Palavra. NA PALAVRA  DEUS SE DÁ A CONHECER: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (João 8)”. Jesus disse: “Santifica-os na verdade, a minha Palavra é a verdade (João 17:17)”. Estou tranquilo pois, como disse o apóstolo Paulo, nós até podemos ficar presos mas, sempre seremos livres, pois “Esta Palavra não está presa (II Timóteo 2:9)”.  Eles nada podem contra a verdade senão em favor da própria verdade. Cristo triunfará com a sua Igreja contra as hostes das injustiças e maldades (II Timóteo capts 3 e 4). Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos”.  Isto é o que tem sido mais comum com o papo que diz: o importante é que se amem. I Coríntios 13 nos diz que o amor não se porta com indecência nem inconvenientemente. Pareço já começar a ouvir tempos de clamar.: Até quando Senhor, não vingarás o nosso sangue?
Vivemos em um estado democrático de direito. Conquistado às duras penas no processo de embate contra as ditaduras militares. Temos liberdade de crença e de propagar livremente o nosso pensamento. O iluminismo, mesmo sem bandeira religiosa, levou a nossa sociedade a promulgou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Somos contrários a qualquer forma de violência. A paz não é construída com decretos. Apesar de crer na lei pelo seu objetivo, mas do que pela sua redação, e menos ainda pela sua aplicação em um país em que tem lei quem paga intérpretes. Os despossuídos não têm sequer a lei básica: direito à vida. Se estão morrendo de fome, sua vidas não estão sendo violadas? Esta é uma lei muito  mais justa pela qual se deve batalhar para que heteros, homosssexuais, sem opção sexual ou qualquer outra condição possa ter dignidade para viver.
Nós, evangélicos, nunca processamos ninguém por ser gay. Afinal, não processamos todos os que cometem pecados, pois o nosso Reino não é deste mundo. Confiamos na justiça e juízo de Deus. Deus exige de todos aqueles que professam o nome de Jesus uma transformação que se caracteriza por abandonar o pecado (II Timóteo 2:15-26, I Pedro 3:10-22). E a pecaminosidade deste mundo em suas mais diversas formas já tem produzido mortes demais (Romanos 3:23 – Qunato têm assumido este caminho: Pecado/ morte por separar-se de Deus, autor e renovador da vida/esvaziamento da vida/pessoas definhando/assumindo comportamento suicida/sendo reprovados pela lei da vida-condenação/inferno). Lutaremos sempre pela vida, por aquilo que conquistamos enquanto estamos neste mundo. Não nos submeteremos às ditaduras gays com ou sem o aval deste ou daquele deputado(a) ou senador(a). Cremos em Deus e acreditamos que homens de bem lutarão até a morte, inclusive no Congresso, em defesa da família, dos princípios éticos, morais, sociais e espirituais, elementos constitutivos da sua fé bíblica. Estaremos atentos àqueles que nos condenarem. E os condenaremos nas urnas. “”Assim na terra como nos céus”” . Por fim, Isaias 54:17: Não prosperará nenhuma arma forjada contra ti; e toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor, e a sua justificação que de mim procede, diz o Senhor.
Jonh Knox, importante reformador escocês afirmou: “Faz parte das boas obras do cristão resistir à tirania”.  
Convidamos todo o povo de Deus a se manifestar contra estes projetos que proíbem a manifestação de pensamento contrário ao comportamento homossexual taxando-as como discriminatórias. Nós é que seremos discriminados?
 Povo de Deus unido jamais será vencido. Não à perseguição contra este ou aquele grupo. Sim à liberdade de pensamento. Os gays pensem o que quiserem, mas, não nos imponham os seus pensamentos. Não faça jogo de palavra contra a liberdade. Temos e teremos a liberdade pela Palavra de Deus.
Que Deus nos ajude! Homofobia: Fobia de que? Deus nos protege.

sábado, 22 de maio de 2010

Carta aberta aos eleitores e Candidatos de Pão de Açúcar - Al

Desde os tempos mais primitivos a Bíblia nos mostra a preocupação de Deus com o bem estar do ser humano. Ele nos criou para que vivêssemos em sociedade e com ela nasceu a política (arte de governar através do qual o cidadão faz valer os seus interesses diante das necessidades que lhe são impostas) e o Governo. O cuidado de Deus com o seu povo perpassa toda a Escritura Sagrada. Vemos no livro de Gênesis a preocupação manifesta de Deus diante da morte de Abel. O Senhor pergunta a Caim: “O que fizestes a seu irmão, pois o sangue dele clama a mim”. (Gênesis: 9-10). Anos mais tarde, Deus toma o Abraão pela mão tira-o da terra de Canaã e o conduz a uma terra desconhecida sob a garantia da continuidade da sua semente adentrando a novos ares de paz, liberdade e sustento (Gênesis 12:1-7). José Luis Sicre, renomado biblista italiano, nos diz que uma das causas da saída de Abrão foi a sua constante rejeição aos modelos de exploração econômica e, até mesmo, religiosa imposta pelos governos cananeus. No livro do Êxodo a história segue na mesma direção. Deus, de forma clara, expressa a sua preocupação com o sofrimento do seu povo diante da escravidão no Egito. Ele Diz: “Certamente, vi a aflição do meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus exatores. Conheço-lhe o sofrimento, por isso, desci a fim de livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e ampla, terra boa para a pecuária (mana leite) e para agricultura (mana mel)” (Êxodo 3:6-10).
Esta realidade até se parece com a situação de Pão de Açúcar e de muitas das nossas cidades - uma terra linda em suas belezas naturais - Da qual se pode dizer que apesar de estar localizada no sertão, integra a bacia leiteira à produção de mel - Porém, que abriga ao mesmo tempo um povo pobre e explorado pela deficiência de políticas públicas mais ousadas (nas três instâncias) com vistas a melhorar a qualidade de vida do seu povo. Disso resulta o êxodo rural e toda forma de peregrinação e sofrimento de um povo longe de sua terra natal. Os Cabras de Cristo, cantando esta realidade dizem: “Como Israel viveu longe da sua terra, o sertanejo também é povo migrante”.
Mas seguindo adiante, o livro de Samuel prefigura a grande promessa de um governo justo cujo fundamento será o temor a Deus: “Haverá um justo que domine sobre os homens no temor de Deus”.
Anos se passaram e o povo de Deus foi alimentado na esperança da realização desta promessa. Este povo não se calou diante das injustiças. Em meio à falta de conformidade com a lei e o direito, Deus levantou profetas e cantadores, desde servos da corte a vaqueiros, que denunciaram os usos e abusos do poder econômico e do abandono das leis de Deus.
Jesus Cristo nos revelou um novo modelo de governo centrado no bem comum e na renúncia de si mesmo. Certamente, governar requer estratégias, coerência e visão de futuro.
Sabemos que o temor ao Senhor é o início do saber e que deve ser a base e fundamento do governo justo. Pois o Senhor julga os povos e estabelece o direito.
A Igreja se reconhece na linha de continuidade profética com a finalidade descrita por Calvino, ou seja, a função daqueles que servem a Deus é lutar para que as leis dos homens se pareçam com as leis de Deus. Caríssimos candidatos e povo de Pão de Açúcar, acreditamos na vontade de Deus para a sua vida e para esta cidade. Queremos dizê-los que estamos orando por esta cidade, sua pessoa e seu governo e desejamos que em ambos se concretizem a vontade de Deus.
Dirigir uma cidade é uma tarefa árdua e complexa, são muitas as críticas levianas levantadas contra os governantes, demais são os aproveitadores. Porém, outras, se mostram construtivas e seriamente comprometidas com o bem comum, e mais especificamente com as pessoas carentes que dependem intensamente do amparo governamental, função pela qual deve lutar o homem público.
Que haja paz dentro dos limites dos nossos municípios. Isto será possível com o temor a Deus que é a mola mestra da valorização da coisa pública. Ame ao teu próximo como a ti mesmo, governe a cidade por você e para todos. “O efeito da justiça será a paz, e o fruto será repouso e segurança para sempre” (Isaías 32:17).
Que Deus dê àqueles que estejam mais interessados no bem comum a oportunidade de se elegerem!
Que Deus nos ajude a governar e conte com as nossas orações e ajuda quando precisar para favorecer a nossa cidade.           


Conselho Administrativo da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil em Pão de Açúcar.


sexta-feira, 21 de maio de 2010

O Retorno mais esperado

BOLETIM DE LITURGIA


25 DE ABRIL DE 2010

Ano II. N.49

“Um pouco, e já não me vereis; e outra vez um pouco, e ver-me-eis”.

O RETORNO MAIS ESPERADO

É com grande alegria que recebemos hoje a presença da nossa Pastora Ana Isaura. Esta alegria é maior por que a sua história está intimamente ligada ao ministério desta igreja. Aqui onde seu ministério não apenas começou, mas onde foram construídas grandes amizades. Durante três anos ela esteve no pastorado desta comunidade. Cantatas, coreografias, programações especiais, muito aconselhamento, e sacrifícios marcaram a sua caminhada. Mas, o tempo passou e em meio às lagrimas de celebração e dor, ficaram marcas profundas nos sentimentos de todos nós. Celebração dos melhores momentos, lembranças das bênçãos alcançadas, dos compromissos firmados, da fé renovada e do amor cativante dela e dos seus familiares. Dor e sacrifícios superados na dor das dificuldades de locomoção, incompreensões, doenças, saudades e acima de tudo, partida de quem sempre esteve em nossos corações. Mas o tempo passou; as dores foram suportadas, dificuldades foram vencidas, as celebrações multiplicadas e os compromissos renovados. Tudo isto se passou em um pequeno espaço de tempo. Quando nos referimos à pastora Ana Isaura, claramente podemos dizer que o tempo vale por seu significado mais do que por sua intensidade. Aqui Ana Isaura se descobriu pastora e foi de propósito e de fato. Com o tempo veio a necessidade de partir, por um pouco ela esteve entre nós. Valeu por todo o tempo, Mas uma das qualificações do líder está relacionada à sua intinerância: Assim Jesus percorria aldeias e cidades pregando o Evangelho do Reino, ou como dissera o nosso evangelista: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com Espírito Santo e poder o qual andou por toda parte fazendo o bem e curando os oprimidos do diabo e Deus era com Ele”. Podemos dizer que em ministério semelhante a nossa pastora foi usada. Ela se foi pastorear a Igreja Presbiteriana Independente de Aracaju. Suas palavras de despedia bem que poderiam ser estas citadas acima, pois hoje esta nossa pastora está de volta e ainda que por um pouco, estamos felizes por vê-la novamente. Sei que repousa em algum lugar do nosso coração pulsante o desejo de sermos em algum tempo pastoreados por ela novamente. Quando isto acontecer ou não, continuaremos felizes, pois reencontrá-la é, para todos nós suas ovelhas, inclusive o pastor desta igreja, uma ressurreição de alegria. Certamente que estas palavras nos lembram o contexto de despedidas de Jesus antes da sua morte e dos seus momentos marcados pela saudade. Escrevo a propósito do período pascal quando celebramos a alegria da ressurreição de Cristo. Ele venceu a dor, superou as distâncias, despertou e renovou a nossa fé. Logrou êxito em todo o seu propósito em três anos e meios que nenhum outro homem ou mulher por mais sofisticados que sejam os seus recursos, ou finas as suas habilidades em lidar com gente e liderar pessoas jamais conseguiu. Ele deixou saudade, expectativas e gerou o retorno mais esperado.




Ele disse “Um pouco, e já não me vereis; e outra vez um pouco, e ver-me-eis”. Se a presença da pastora Ana Isaura, companheira nossa, nos motiva tanto a estarmos felizes e juntos em nossa Igreja; o que se dirá do Retorno mais aguardado de todos os tempos? O retorno d’Aquele que é o nosso pastor por excelência, venceu a morte e o inferno para nos dar a vida...


Você está firme neste propósito? Leia Hebreus 10, pense nisto e tome uma decisão.


Aguardamos a sua presença durante os nossos cultos semanais e em nossa Escola Bíblica Dominical


Rev. Israel de Souza Cruz - Pastor


Texto escrito por ocasião do retorno da Pastora Ana Isaura à Igreja Presbiteriana Independente em São Cristovão-se após quatro anos ausente daquela comunidade por estar no pastoreio da Igreja Presbiteriana Independente de Aracaju.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Homossexualidade no Reino Animal: Bióloga tentou justificar a partir disto a homossexualidade humana. Leia refutação básica.

Bióloga apresentou este argumento no chat do Programa Superpop, apresentado por Luciana Gimenz, na Rede Tv, dia 19 de Maio de 2010. Durante debate com dois fundadores da Igreja Contemporânea Cristã,  fundada por dois homossexuais que se dizem casados. O Debatente que representou o pensamento evangélico foi o Pr. Otoni de Paula Jr. das Assembléia de Deus e o Bispo da Igreja Renascer em Cristo de São Paulo.

Leia nossa Réplica à bióloga: Ela se disse pós-graduada em biologia e evocou o reino animal para falar sobre a homossexualidade neste reino.


Que mísero argumento. Se esta lesse um pouco das ciências comportamentais da área de humanas(sociologia, filosofia, psicologia, etc)saberia que o que nos diferencia dos seres humanos é a capacidade de refletirmos sobre as causas e consequências das nossas ações, pensar a nossa sociedade e o transcendente, de onde surgem os valores éticos, morais e espirituais que atribuimos a elas. Por isto não somos bestas feras, não adotamos valores bestiais. Por exemplo: Uma gata ao se sentir ameaçada mata e devora os seus filhotes recéns-nascidos. As mulheres devem fazer a mesma coisa? Algumas espécies de animais machos brigam até à morte por dominios de territórios. Justificaremos daí as brigas de gangues? Animais copulam com aos pais, mães, filhos e afins, daí justificaremos o sexo entre pais e filhos(as)?.

Se não fossemos seres humanos não estaríamos combatendo a pedofilia, pois entre animais há muito tempo sem copularem, quando entra uma fêmea ou até mesmo um macho da mesma espécie (não importa o tamanho) eles são estuprados pelos outros. Até já perdi e vi vizinhos perderem gado que passaram para o pasto de vizinhos que criavam garrotes de engorda.

Triste contradição: Estas pessoas evocam 2010 como ano da evolucão e do progresso mas, defendem um retrocesso pior que a barbárie.Querem voltar a uma mente inferior à animalesca.Esta mente nunca tivemos.

Caríssimo Irmão, Pastor Otoni.

A palavra de Deus nos diz examinai de tudo e retende o que é bom.

O Senhor deixou claro este comportamento ao se expressar de forma corajosa, inteligente, modesta e objetiva.

A sua hermenêutica é bíblica e coerente com todas as fontes históricas mais confiáveis.

Lamentavelmente a Luciana Gimenez não foi mediadora foi interventora. Sempre que via a pobreza de argumentos daqueles que ela defendia.

Gretchen perdeu ótimas oportunidades de ficar caladas para não mostrar o despreparo. Fez sucesso com o bumbum, entre uma classe de pervertidos agora precisa aprender a fazer com o cérebro entre as pessoas de bem.

Aconselho a bióloga a estudar biologia. Se nisto ela ainda mostrou uma argumentação inconsistente, imagine nos itens antropologia, teologia e ética?



Pr. Israel Igreja Presbiteriana Independente em São Cristovão-Se

Psicóloga Homossesualidade no Reino animal

EU TENHO UM SONHO! Assim se definia um dos maiores ícones do cristianismo do nosso século. Alguém que por acreditar em sonhos confrontava a realidade e buscava provocar mudanças no mundo em que vivia. Ter sonhos é um desafio para a igreja dos nossos dias. A história humana, inclusive a do cristianismo, sempre em todos os tempos e lugares foi e é marcada por homens e mulheres que um dia tiveram fé e por isso sonharam. Nesta noite queremos falar sobre sonhos e fé. Fazemos questão de enfatizar que o significado que utilizaremos diz respeito a sonhos como sendo ideais, aspirações. E aqui vale uma distinção bem peculiar dessa reflexão: quando usamos o termo ideais nós o empregamos não como um conjunto de idéias abstratas mas como sendo um conjunto de esforços empreendidos em prol da realização de uma idéia. Nesse sentido, as ilusões podem até nutrir o sonho como aspiração mas este não está baseado essencialmente nela. Assim, procuraremos refletir sobre os maiores sonhos da humanidade e pensar também nos nossos sonhos hoje como Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, nesta ocasião em que estamos comemorando o nosso primeiro centenário. Porque é necessário sonhar? Porque o sonho possibilita ao homem a compreensão da revelação divina no desenvolvimento da história humana, desenvolvimento este que se apresenta sob três apectos: 1. Porque o sonho se apresenta como uma tentativa de superação do não realizado. Disso podemos considerar que a vida do homem sempre foi e será construída em torno das suas necessidades e expectativas. Reconhecer que o sonho é a tentativa de superar o não realizado é sentir-se desafiado a ir além dos limites preestabelecidos e assim admitir a novidade da vida cristã, uma vida na qual Deus age e se revela de maneira dinâmica na nossa história. Pois se o próprio Deus criou o homem e lhe deu direito de cuidar da terra isto mostra que o ser humano não foi criado para a ociosidade. Alguns vêm o trabalho como conseqüência do pecado. No entanto esta é uma leitura errada a respeito da criação divina e do nosso relacionamento com Deus, o trabalho é também um ato de fé que possibilita a realização de um sonho. O trabalho ou obras servem para demonstrar a fé. De acordo com o Evangelho segundo Marcos Jesus claramente afirmou aos fariseus: “O meu pai trabalha até agora e eu trabalho também”, ou seja, Deus continua realizando. Ele não está estagnado no ócio. Nós, como igreja do Senhor Jesus, somos também chamados a continuar realizando a missão para a qual Deus nos designou. Assim, com Deus nos sentimos parceiros na realização do seu ideal de implantação do seu reino sobre a terra. Nesse intuito cabe-nos a tarefa da evangelização e do testemunho cristão, vivido de tal forma que os homens vejam as nossas luzes e glorifiquem ao Nosso Pai que está nos Céus. Quando olhamos para a história ela nos mostra exemplos de como homens e mulheres um dia por acreditarem em sus sonhos possibilitaram a realização destes. No livro de Gênesis conhecemos a célebre história de Abraão, que próximo aos cem anos, ao receber de Deus a promessa de tornar-se pai de uma grande descendência, abandona a sua casa e sai em busca da terra que Deus prometera dar a ele e a uma descendência que Abraão ainda nem sequer ainda tinha. Podemos ainda falar sobre tantos outros personagens bíblicos, da chamada história secular e da história do cristianismo. Pensando nisso, poderíamos criar um texto semelhante ao texto que se encontra na carta aos Hebreus, no qual se faz uma apologia aos atos heróicos de personagens que agiram segundo a fé. Texto tão carinhosamente chamado de “a galeria dos heróis da fé” . Poderíamos nos apropriar desse estilo literário e nessa apologia criarmos a “galeria dos heróis dos sonhos”. Citaríamos ainda personagens do Idade Medieval, da Idade Moderna e ainda da Idade Pós-moderna. No contexto da América citaríamos os puritanos que por sua vez sonhavam construírem nos Estados Unidos uma nação, construída nos moldes do paraíso e da Nova Jerusalém. Da Alemanha, citaríamos o grande sociólogo Karl Marx, defensor da igualdade vivida de forma prática nas relações de trabalho e produção e a abolição da propriedade privada. Vindos da França, incluiríamos o povo que foi verdadeiras vozes que se levantaram em prol da “Declaração Universal dos Direitos do Cidadão”. Do Brasil citaríamos o grande missionário Ashbel Green Simonthon, um homem de convicções fortes e projetos definidos, cujo empreendedorismo merece ser destacado nos seu trabalho de evangelização do Brasil. Este tendo desembarcado no Brasil em 12 de agosto de 1859, em 1962 já organizava a Primeira Igreja Presbiteriana do Brasil fundada no Rio de Janeiro. Quando morreu em 1967 já deixava a IPB com um progresso considerável em seu trabalho de evangelização, educação cristã, secular, etc. Queremos ainda aqui visitando a galeria da fé e dos sonhos trazer à memória o Rev. Eduardo Carlos Pereira. Esse personagem dispensa comentários pois hoje muitos comentários já foram feitos sobre ele. Isso demonstra que a nossa igreja, tal qual seus líderes, nasce de uma profunda consciência da sua responsabilidade cristã histórica. Responsabilidade essa que em todos as fases da nossa igreja tem sido demonstrada de forma mais eficaz ou não. Entretanto, apesar das dificuldades sempre procuramos ser fiéis em nossos sonhos expresso pelo nosso lema: “Lutar Pela Coroa Real do Salvador“ e assim sermos uma igreja brasileira para o povo brasileiro, ou seja, contextualizada e capaz de entender e buscar responder às necessidades do brasileiros e por ela devemos nos empenhar em nossos dias, em prol dos sonhos que vindos de uma fé viva nos desafia a torná-los concretos. Por fim, Na galeria dos Sonhos encontraríamos nomes de importantes personagens que hoje continuam encarregados de dinamizarem a história da humanidade e dar a ela a possibilidade de realizar o que ora não foi realizado. Esses personagens somos nós.  2. Porque o sonho se apresenta, através do testemunho, como meio de construção e preservação da memória. Um outro aspecto que nos mostra que é necessário sonhar é por que o sonho nos ajuda a construir a nossa própria memória e ao mesmo preservar a memória que já existe a partir do testemunho. A história é construída como dissemos anteriormente, a partir de realizações. Essas realizações nos dão a possibilidade de delimitarmos o tempo e nos situarmos em relação ao passado, presente e o futuro (conf. v.1,10,13,22,32,33,38,40). Sendo Deus o Senhor do tempo podemos dizer que Deus sonha que as suas criaturas vivam de maneira que dêem testemunho da sua ação ao longo da História. Quando lemos o livro de Atos dos Apóstolos observamos conforme descrito no capítulo 1, 6-11, que os discípulos estavam preocupados em saberem quando viria o final dos tempos, representado numa perspectiva escatológica através da restauração do Reino a Israel. Jesus Cristo, porém, estava interessado não exclusivamente na vinda do Reino mas no testemunho. O testemunho a ser dado pela igreja possibilitaria aos homens entenderem e viverem os ideais do Reino e assim Cristo voltaria para o inaugurar em sua plenitude. Disso entendemos que ao mesmo tempo em que o testemunho manteria a memória das coisas ensinadas por Cristo em seu tempo, estimularia os seus discípulos a, a partir desse testemunho, impactarem o tempo e serem agentes de transformação para um novo tempo. A proclamação do evangelho tem por finalidade, dentre outras, trazer à memória os feitos maravilhosos de Cristo realizados durante o seu ministério terreno. Ao mesmo tempo em que essa mensagem é proclamada exige daqueles que a ouvem uma identificação com a mensagem proclamada e por sua vez um compromisso com o objeto da mensagem. Nós, Igreja Presbiteriana Independente do Brasil e parte integrante do Corpo de Cristo devemos levar cada vez mais a sério a nossa tarefa missionária de testemunhar das obras de Cristo e viver práticas coerentes com os seus ensinamentos a fim de que construamos uma memória que mereça lembrança e influencie projetos para as gerações futuras. Para tanto é importante que a igreja, enquanto comunidade que tem a sua origem e propósito na glorificação do próprio Deus, se reconheça como portadora da responsabilidade de anunciar o evento significante na sua vida: a encarnação de Cristo para testificar a respeito da vinda do reino de Deus e a parousia de Cristo que alimenta expectativas da inauguração plena do reino de Deus entre nós. É na expectativa de construção desse reino que a igreja se vê diante de sua responsabilidade assumida ao pregar os ideais de justiça, paz, transformação, e igualdade o que resultado desse processo de identificação entre a sua fé em um Cristo comprometido com humanidade do ser enquanto criatura e objeto do seu amor e a sua missão enquanto grupo. A igreja faz parte de um ideal divino: ideal de comunidade, de Nação santa, sacerdócio real, povo de propriedade exclusiva de Deus. Assim não seria incompreensível dizer que a igreja faz parte do sonho de Deus.  3. Porque o sonho preserva a confiança e a relação com o propósito para o qual fomos vocacionados por Deus. Este é o terceiro aspecto que eu quero compartilhar com esta igreja. Para mim esse é um dos mais importantes aspectos que diz respeito à necessidade de sonhar. Ë interessante notar que no texto de hebreus sobre o qual estamos refletindo (Heb. 11,1-40) o autor do texto começa a listar os atos de fé a partir do testemunho de Abel. Mas se a Bíblia começa a narrativa da criação e nela consta Adão e Eva como sendo os primeiros homens criados por Deus porque se contar a história da fé somente a partir de Abel? Foi movido por tal inquietação que reportamos à história da criação conforme consta em Gen. 2,4-3,24. Permitam-me irmãos fazer aqui uma abstração; se formos bem sucedidos nessa nossa reflexão poderemos entender grandes lições. No texto que fala sobre a criação podemos entender que o homem foi criado por Deus. Deus o criou em estado de pureza e santidade. Santidade esta claramente demonstrada por meio da fé em Deus com quem o homem dialogava quando este passeava no jardim através da brisa do dia. Este texto, escrito em linguagem simbólica, nos possibilita entender que a primeira relação entre o homem e Deus era também uma relação de fé. Relação esta de confiança tal que o próprio Deus lhe dá a possibilidade de escolher entre as decisões que este queria tomar para si. Inclusive dando a conhecer que no jardim havia a árvore que produzia o fruto do conhecimento. Informação essa que Deus poderia reservar somente para si. Porém quando há plena confiança entre amigos os segredos não necessitam ser ocultados. O ser humano ao optar por comer do fruto do conhecimento do bem e do mal, não foi punido por querer ser igual a Deus mas por não ter confiado plenamente no seu criador. Nesse caso, quando não se confia em Deus, até a natureza se torna, ou é vista como adversária pois toda a natureza é posta em desequilíbrio. Entendemos assim pelo o que nos diz o texto que, narrando a vida do ser humano antes de comer do fruto, nos diz que eles estavam nus e não sentiam vergonha nem de Deus e nem um do outro. Entretanto, após comerem do fruto, perceberam que estavam nus e foram se esconder. Acabara a relação de tamanha confiança que possibilitava a eles uma vida de transparência, no texto, simbolizada pela nudez. Na falta de confiança esconder-se parece ser a melhor resposta. Quando não confiamos escondemos os nossos segredos, cozemos folhas para nós porque assim parece que ficamos mais belos e vistosos tais qual a figueira frondosa que escondia a sua infrutibilidade. Como igreja nos escondemos da nossa missão: produzir frutos afim de que os que passam fome possam se alimentarem deles. Assim, quando agimos sem fé desagradamos a Deus e criamos entraves à nossa própria humanidade que deveria se revelar quando Deus nos chama pelo nosso nome a fim de, conosco estabelecer um contato de confiança e partilha como agentes de transformação da realidade em que vivemos. Não somos chamados a nos esconder e esquecer os nossos sonhos ou missão, somos por Deus desafiados a, na condição de Igreja criada e estabelecida pelo o criador, viver com ele uma relação de confiança tão íntima que o mundo em que vivemos possa ser construído e preservado através da nossas atitudes de fé que nos possibilita a caminhar com ele na construção de uma nova realidade e nos estimula a viver uma relação e propósito para o qual fomos vocacionados por Deus. Falar de sonhos é falar de desafios e talvez por isso muitas das vezes alguns preferem não sonhar por medo de ter de encarar a realidade e perceberem que é preciso lutar e isso nem sempre é garantia de vitória mas sim é compromisso de coragem diante do desconhecido. Conclusão Portanto, desde o início dessa reflexão citamos uma das mais importantes frases do Pastor Americano e negro Martim Luther King , que em confronto com a realidade adversa gerada pelo Aparthaid, preferia lutar pela concretização do seu sonho de uma sociedade sem qualquer tipo de discriminação racial, principalmente a institucionalizada, é do nosso objetivo nesta reflexão nos sentirmos desafiados a reconhecermos que devemos lutar e acreditar em nossos sonhos pois, tal qual Martin Luther King, é preciso lutar ainda que tal atitude nos leve a se expor a riscos de morte, como realmente se concretizou em 1968, quando este foi assassinado, mas apesar disso o seu sonho se concretizou ainda que em parte. Todavia o eco da sua voz permanece até hoje falando por meio do seu sonho, tal qual Abel que ainda hoje nos fala por meio da sua fé (Heb. 11,4). Porque andar com Deus é andar de fé em fé. Sendo por isso necessário ao homem e à igreja sonhar pois sonhar é um ato de fé inerente e imprescindível ao ser humano e à igreja em todos os tempos e lugares. Pois sonhos não morrem, se realizam e se transformam em novos sonhos em busca da realização através da fé expressa por meio de um testemunho vivo. Assim, Irmãos e irmãs, que nós enquanto igreja do Senhor continuemos a, dirigidos por Deus através da fé que ele tem colocado em nossos corações, continuemos a lutar em prol da realização dos nossos sonhos. Que Deus nos abençõe. Sem. Israel de Souza Cruz Sermão proferido em Sala de Aula do Seminário Teológico de Fortaleza durante as comemorações do Centenário da IPI em Culto realizado na Aula de Liturgia – Liturgista: Luis Jacques, Junho de 2003.