
Esta realidade até se parece com a situação de Pão de Açúcar e de muitas das nossas cidades - uma terra linda em suas belezas naturais - Da qual se pode dizer que apesar de estar localizada no sertão, integra a bacia leiteira à produção de mel - Porém, que abriga ao mesmo tempo um povo pobre e explorado pela deficiência de políticas públicas mais ousadas (nas três instâncias) com vistas a melhorar a qualidade de vida do seu povo. Disso resulta o êxodo rural e toda forma de peregrinação e sofrimento de um povo longe de sua terra natal. Os Cabras de Cristo, cantando esta realidade dizem: “Como Israel viveu longe da sua terra, o sertanejo também é povo migrante”.
Mas seguindo adiante, o livro de Samuel prefigura a grande promessa de um governo justo cujo fundamento será o temor a Deus: “Haverá um justo que domine sobre os homens no temor de Deus”.
Anos se passaram e o povo de Deus foi alimentado na esperança da realização desta promessa. Este povo não se calou diante das injustiças. Em meio à falta de conformidade com a lei e o direito, Deus levantou profetas e cantadores, desde servos da corte a vaqueiros, que denunciaram os usos e abusos do poder econômico e do abandono das leis de Deus.
Jesus Cristo nos revelou um novo modelo de governo centrado no bem comum e na renúncia de si mesmo. Certamente, governar requer estratégias, coerência e visão de futuro.
Sabemos que o temor ao Senhor é o início do saber e que deve ser a base e fundamento do governo justo. Pois o Senhor julga os povos e estabelece o direito.
A Igreja se reconhece na linha de continuidade profética com a finalidade descrita por Calvino, ou seja, a função daqueles que servem a Deus é lutar para que as leis dos homens se pareçam com as leis de Deus. Caríssimos candidatos e povo de Pão de Açúcar, acreditamos na vontade de Deus para a sua vida e para esta cidade. Queremos dizê-los que estamos orando por esta cidade, sua pessoa e seu governo e desejamos que em ambos se concretizem a vontade de Deus.
Dirigir uma cidade é uma tarefa árdua e complexa, são muitas as críticas levianas levantadas contra os governantes, demais são os aproveitadores. Porém, outras, se mostram construtivas e seriamente comprometidas com o bem comum, e mais especificamente com as pessoas carentes que dependem intensamente do amparo governamental, função pela qual deve lutar o homem público.
Que haja paz dentro dos limites dos nossos municípios. Isto será possível com o temor a Deus que é a mola mestra da valorização da coisa pública. Ame ao teu próximo como a ti mesmo, governe a cidade por você e para todos. “O efeito da justiça será a paz, e o fruto será repouso e segurança para sempre” (Isaías 32:17).
Que Deus dê àqueles que estejam mais interessados no bem comum a oportunidade de se elegerem!
Que Deus nos ajude a governar e conte com as nossas orações e ajuda quando precisar para favorecer a nossa cidade.
Conselho Administrativo da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil em Pão de Açúcar.
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